30 de setembro de 2014

O dia ontem acabou mal e o de hoje começou ainda pior ...

A incompetência dos que nos rodeiam é por demais inaceitável e o culpabilizar dos demais é vergonhoso.

Isto leva-me a repescar a história do Remador Português Incompetente



" Lê-se numa crónica, que no ano de 1994 se celebrou uma competição
de remo entre duas equipas, compostas por trabalhadores de uma empresa
portuguesa e de uma empresa japonesa.

Dada a partida, os remadores japoneses começaram a destacar-se desde o
primeiro instante. Chegaram à meta primeiro e a equipa portuguesa chegou
com uma hora de atraso.

De regresso a casa, a Direcção reuniu-se para analisar as causas de tão desastrosa
actuação e chegaram à seguinte conclusão: Detectou-se que na equipa japonesa
havia um chefe de equipa e dez remadores, enquanto na equipa portuguesa havia
um remador e dez chefes de serviço, facto que seria alterado no ano seguinte.

No ano de 95 e após ser dada a partida, a equipa japonesa começou a ganhar
vantagem desde a primeira remadela. Desta vez, a equipa portuguesa chegou
com duas horas de atraso. A Direcção voltou a reunir após forte reprimenda
da Administração e viram que na equipa japonesa havia um chefe de equipa
e dez remadores, enquanto que a portuguesa, após as medidas adoptadas com o
fracasso do ano anterior, era composta por um chefe de serviço, dois
assessores da administração, sete chefes de secção e um remador.

Após minuciosa análise, chega-se à seguinte conclusão:
O REMADOR É INCOMPETENTE.

No ano de 96, a equipa japonesa voltou a adiantar-se, mal foi dada a partida.

A embarcação portuguesa, que este ano tinha sido encomendada ao Departamento
de Novas Tecnologias, chegou com quatro horas de atraso.

Após a regata e para análise dos resultados, convocou-se uma reunião ao mais
alto nível, no último piso do edifício, chegando-se à seguinte conclusão: Este
ano a equipa japonesa não inovou, tendo optado novamente por dez remado-
res e um chefe de equipa.

A equipa portuguesa, após uma auditoria externa e um assessoramento especial
do Dep. de Informática, optou por uma formação mais vanguardista, composta
por um chefe de serviço, três chefes de secção, dois auditores da Arthur Andersen
e quatro Securitas que controlavam a actividade do remador, ao qual se tinha
aberto um processo disciplinar e retirado todos os bónus e incentivos, devido ao
fracasso dos anos anteriores.

Após prolongadas reuniões decidiu-se que, para a regata de 97, "um novo remador
será contratado para o efeito, já que o comportamento do actual indiciava mostras
de desinteresse a partir do vigésimo quinto quilómetro e uma indiferença quase
total junto à linha da meta. "

A culpa é sempre do remador, nunca da pessoa que é paga para dar as ordens.

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